domingo, 20 de maio de 2012

Tecnologias na minha escola


 

Tecnologias na minha escola

"... é necessário repensar a escola e a educação no sentido mais amplo. A escola deve ser menos lecionadora e mais organizadora de conhecimento."

(Dowbor, L., 2001)


A pesquisa foi realizada para atender a seguinte problemática: Quais tecnologias são mais utilizadas e de que forma isto vem acontecendo?

As inferências sobre o resultado da pesquisa consideram o fato do Colégio Girassol de Tempo Integral Augusto dos Anjos está em fase de estruturação, por se tratar de uma Unidade nova.


 

Os professores pesquisados tem ciência de que os recursos didáticos, principalmente os audiovisuais, estimulam o interesse dos alunos.

A falta de internet no laboratório de informática impossibilita alunos e professores ao acesso às novas fontes de informação, como: hipertextos, páginas web, blogs, wikis e textos digitais.

Os professores acabam se valendo de métodos e recursos que apoiam as práticas tradicionais. Poucos recorrem aos recursos inovadores, Datashow, vídeo e áudio, disponíveis na escola.

Verbetes: a definição das palavras em dicionários e enciclopédias virtuais


Verbetes: a definição das palavras em dicionários e enciclopédias virtuais

Navegação e pesquisa na internet, orientada por uma webquest



Dados da Aula – Ensino Fundamental II

O que o aluno poderá aprender com esta aula

· Reconhecer o gênero verbete.

· Localizar dicionários e enciclopédias virtuais em endereços eletrônicos.

· Pesquisar palavras em dicionários e enciclopédias virtuais e impressos e comparar suas definições.

· Identificar as características do gênero verbete.

. Produzir frases utilizando alguns significados dos verbetes pesquisados.

Duração das atividades

2 aulas de 1 hora.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • Classes de palavras

Estratégias e recursos da aula

  Para esta aula, precisaremos de:

  • Computador/ internet (sala de informática)
  • Data show,
  • Dicionários
  • Enciclopédias livres como Wikipédia e Wikcionário.

Aula 1:

O gênero a ser trabalhado nesta aula é o verbete de dicionário. Os alunos levarão seus dicionários de Língua Portuguesa para a sala e a aula será iniciada levantando-se os conhecimentos prévios dos alunos acerca do dicionário: sua forma, função, os vários tipos de dicionários, o que é uma abonação, o que são as abreviaturas, o que mais podemos encontrar nos dicionários...

Provavelmente, os alunos não conhecerão algumas palavras, como “abonação” e “abreviatura”, por isso, é necessário estarmos preparados para auxiliá-los na busca pelo significado dessas palavras no dicionário ou na internet.

os alunos produzirão um cartaz informativo sobre o dicionário. Para isso, serão auxiliados a responder as perguntas a seguir, que devem ser contempladas no cartaz.

  1. Vocês sabem o que é um verbete?
  2. Se sim, onde ele pode ser encontrado?
  3. Quais os componentes dos verbetes? Identifique-os.
  4. Qual a sua hipótese para os dicionários serem organizados em ordem alfabética?
  5. E as abreviaturas, para que servem?
  6. Algumas palavras possuem mais de uma definição. Por que você acha que isso ocorre? Exemplifique.
  7. O que é abonação?
  8. Por que muitos dos exemplos usados na definição dos verbetes são de autores consagrados?

Registraremos no quadro as hipóteses dos alunos para que sejam posteriormente verificadas.

Em seguida, os alunos abrirão o dicionário e procurarão o significado da palavra VERBETE.  Nesta aula, também utilizaremos dicionários virtuais.

Depois de os alunos lerem as definições encontradas, serão apresentadas as definições no quadro com auxílio de  um data show.

Agora que os alunos já sabem que o dicionário é um dos suportes em que os verbetes são encontrados, a turma será dividida em pequenos grupos que pesquisarão uma lista de verbetes que sugeriremos, primeiramente, nos dicionários de língua portuguesa.

No segundo momento, solicitaremos aos grupos que acessem a internet para verificarem o significado das palavras nos dicionários virtuais.

Depois os alunos confrontarão semelhanças e dessemelhanças dos verbetes em  slides, ou mesmo nos dicionários; quais informações podem ser encontradas nos verbetes. Será identificado  juntamente com eles:

  • O significado ou os significados da palavra.

Ex: Verbete: Apontamento, comentário, nota, verba.

  • A pronúncia.

Ex: |ê|

  • A classe morfológica a que a palavra pertence e seu gênero.

Ex: s. m.= Substantivo masculino

  • A separação das sílabas.

Ex: ver-be-te

Algumas palavras serão selecionadas para que eles também identifiquem os itens acima descritos, como: alface; estranho; cair; muito; quatro; dó. Assim como nessa lista de palavras, serão selecionados verbetes de diferentes classes gramaticais.



Aula 2:

Nesta aula trabalharemos o sentido das palavras. Para isso, mais uma vez, os alunos precisarão de seus dicionários impressos ou de acesso a dicionários virtuais, na internet.

Iniciaremos a aula pedindo que os alunos escrevam em seus cadernos a palavra SAUDADE e, sem consultar nenhuma fonte, registrem sua definição. Em seguida, apresentaremos em slide a definição apresentada pelo dicionário virtual, para que os alunos confiram suas hipóteses:

saudade |au ou a-u|

(latim solitas, -atis, solidão)

s. f.

1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que alguém se vê privado.

2. Pesar, mágoa que essa privação causa.

3. [Botânica] Planta dipsacácea. = SUSPIRO

4. [Botânica] Nome de várias espécies de plantas com flores de cores variadas.

(Significado disponível em: www.priberam.pt)

Faremos a leitura do verbete SAUDADE e apontaremos: suas definições; sua classe, seu gênero e sua divisão silábica. Em seguida, pediremos que eles façam o mesmo com os verbetes CADEIRA e DEIXAR; pesquisarão nos dicionários impressos e virtuais.

Em seguida, projetaremos um slide com o verbete DEIXAR  e chamaremos a atenção dos alunos para a diversidade de significados que correspondem a esse verbo:

deixar
v. tr.

1. Soltar de si.

2. Apartar-se de.

3. Sair de.

4. Pôr de parte.

5. Soltar.

6. Não levar consigo.

7. Ceder.

8. Passar para a mão (de outrem).

9. Consentir, permitir; não impedir de.

10. Adiar.

11. Renunciar a, abandonar; não prosseguir por ou com.

12. Produzir.

13. Confiar, encarregar.

14. Não incomodar.

15. Não continuar com.

16. Pôr (alguma impressão no ânimo).

17. Demitir-se de.

18. Não fazer caso de.

19. Legar, doar em testamento.

v. intr.

20. Omitir.

21. Desistir.

22. Abster-se; cessar.

v. pron.

23. Não evitar; não obstar; consentir.

(Significado disponível em: www.priberam.pt)

Ainda em grupos, pediremos que eles criem frases com 3 dos sentidos do verbo deixar. Em seguida, cada grupo deverá ler suas frases em voz alta e os demais grupos tentarão adivinhar qual a definição da palavra na frase criada.

Faremos o mesmo com o verbete SEDE:

Ao trabalhar o verbete SEDE, mostraremos para os alunos que esse verbete possui duas pronúncias com dois significados diferentes. Existe a palavra sede (|ê| 1. Necessidade ou vontade de beber... com a vogal fechada) e a palavra sede (|é| 1. Lugar em que alguém se pode sentar... com a vogal aberta).

sede |ê|
(latim sitis, -is)

s. f.

1. Necessidade ou vontade de beber.

2. Falta de umidade ou de água. = SECURA

3. [Figurado] Desejo ardente.

4. Desejo de obter bens ou poder. = AVIDEZ, COBIÇA

sede |é|
(latim sedes, -is, assento, morada, centro, fundamento, lugar)

s. f.

1. Lugar em que alguém se pode sentar.

2. Assento de pedra no vão das janelas antigas.

3. Capital de diocese.

4. Jurisdição episcopal.

5. Lugar onde se concentra o poder ou a administração (ex.: sede de concelho).

6. Lugar onde uma empresa ou sociedade tem o seu estabelecimento ou atividade.

7. Ponto ou lugar onde se concentram certos fatos ou fenômenos ou onde um acontecimento se realiza.

8. Lugar de análise, discussão ou avaliação de algo.

(Significado disponível em: www.priberam.pt)

Para sistematizar o conteúdo da aula, ressaltaremos com os alunos a diversidade de significados que as palavras podem ter e a importância de, ao se utilizar os dicionários (de língua portuguesa e enciclopédias livres), procurar a definição mais coerente ao contexto.

Navegando pela Wikipédia e pelo Wikcionário


Posso definir a navegação pelo Wikipédia e pelo Wikcionário como deslumbrante. Compreendi o significado das abas editar (após criar uma conta, pode-se alterar, indexar, incrementar os termos já iseridos no artigo) e discussão (utilizador que traz sugestões de reavaliação, adição através da lista de verbetes, correção gramatical, hiperligação para um texto que ainda não existe no Wikcionário) nas. Também pude verificar o significado do ícone cadeado que aparece no canto suerior direito. Na Wikipédia em português, página protegida (com o cadeado) é uma página com um mecanismo de restrições controlado pelos administradores, que se refere à edição ou a movimentação da página. Proteger uma página é uma medida extrema, reservada normalmente aos casos nos quais a discussão não surte mais efeito. O cadeado aparece em verbetes polêmicos, em que há uma necessidade de moderação.

Simplesmente fantástico poder contribuir editando uma palavra na Wikipédia, que é um projeto de enciclopédia multilíngue livre, baseado na web, colaborativo e apoiado pela organização sem fins lucrativos Wikimedia Foundation.  Editei duas palavras, a saber: Historiografia s.f. Arte de escrever a história de uma época; Tamanduá - É quase cego e surdo, mas, por outro lado, tem excelente olfato. Ele pode sentir o cheiro de uma presa ou de um predador a dezenas de metros de distâncias.

No Wikcionário, projeto colaborativo cuja finalidade é produzir um dicionário livre e completo de todas as línguas, editei uma palavra regional: Piqui ou pequi, fruta considerada como "rei do cerrado brasileiro", floresce durante os meses de setembro a novembro. Seu fruto é rico em preteínas, carboidratos e alto teor de vitamina A. É de grande utilidade, pois é aproveitado para fabricação de doce, de licor, de farinha, de paçoca, de óleo, etc. Sua amêndoa é aproveitada na indútria cosmética para produção de sabonetes e cremes. As folhas dos pequizeiros são usadas por tecelões em tinturaria. A fruta é um dos mais apreciados pratos típicos da população do Estado do Tocantins.

Navegando pela Wikipédia e pelo Wikcionário averiguei que ambos são semelhantes. No entanto, uma fronteira os divide. A Wikipédia está há mais tempo na web, por isso os verbetes e artigos são mais completos, tornando-se mais difíceis de editar. Já o Wikcionário está há menos tempo na Web, nesse sentido os verbetes são fáceis de editar. 

sábado, 19 de maio de 2012

Resumo do texto A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento, de Juan Ignácio Pozo


A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento, de Juan Ignácio Pozo



A sociedade moderna produziu informações que nenhuma outra jamais produziu. A aprendizagem constituiu-se numa exigência social. Essa exigibilidade deflagrou uma contradição: “cada vez se aprende mais e cada vez e fracassa na tentativa de aprender” (Pozo, 2008).

Educacionalmente, as dificuldades de aprendizagem são interpretadas como fracasso escolar. A escola não acompanhou o desenvolvimento do mundo da informação. A incorporação das tecnologias multimídias no processo ensino-aprendizagem tornou-se um desafio crescente.

A escola já não pode proporcionar toda a informação relevante com base no modelo tradicional. Uma nova cultura da aprendizagem deve ser implementada, visando à formação de cidadãos para uma sociedade aberta e democrática, tornando-os mais flexíveis, eficazes e autônomos.

As tecnologias da informação vêm criando novas formas de distribuir socialmente o conhecimento e a escola não pode ignorar essa nova cultura do saber. A informatização do conhecimento tornou mais acessíveis todos os saberes ao conhecimento. Porém, para desvendar esse conhecimento, comunicar-se com ele sem se deixar alienar por tal fluxo enorme de informação, são necessárias maiores competências cognitivas dos leitores dessas novas fontes.

Na perspectiva dessa nova cultura da aprendizagem, é necessário aprender a conviver com a diversidade de ideias e com a relatividade das teorias, com a exigência de múltiplas interpretações de toda informação, para formar, a partir delas, o próprio ponto de vista. Essa flexibilidade do saber vai de encontro às escolásticas que pregavam verdades estabelecidas e indiscutíveis.

Uma das metas do sistema educacional, para se adequar às exigências dessa nova sociedade da informação, será inculcar nos alunos capacidade de gestão de conhecimento, com vistas a fomentar o aluno a adquirir a informação, interpretá-la, analisá-la, compreendê-la e comunicá-la.

Destarte, para se apropriar desses novos sistemas de aprendizagem como instrumentos de aquisição de conhecimento requer novas formas de aprender e de ensinar.




Navegação em hipertexto


O poema Navegação à deriva de Marcus Vinicius é relevante, pois apresenta, numa linguagem figurativa, as múltiplas possibilidades de quem se permite navegar por caminhos desconhecidos. É possível navegar à deriva, olhar além da bússola, usar vários links, numa perspectiva de descobrir e inventar rumos possíveis além dos previsíveis. Navegação em hipertexto amplia os horizontes, sobretudo na busca de subsídios para um tema arrolado.



“Quem navega à deriva

sabe que há vida além dos mares nos mapas

além das bússolas, astrolábios, diários de bordo

além das lendas dos monstros marinhos, dos mitos

quem navega à deriva

acredita que há nos mares miragens, portos

inesperados, ilhas flutuantes, botes e salva-vidas

água potável, aves voando sobre terra, vertigem

quem navega à deriva

aprende que há mares dentro do mar à vista

profundidade secreta, origem do mundo, poesia

escrita cifrada á espera de quem lhe dê sentido

quem navega à deriva

se perde da costa, do farol na torre, dos olhares

atentos, dos radares, das cartas de navegação

imigra para mares de imprevista dicção.”



Marcus Vinicius

Percepções ao navegar por hipertextos


O hipertexto é uma ferramenta incrível, pois organiza várias informações sobre um determinado tema, possibilitando uma aquisição de conhecimento mais promissora, eficaz e múltipla. Navegar por hipertexto é envolvente, em função da não-linearidade, diferentemente do livro impresso que estabelece uma ordem por meio do encadeamento das páginas que deve ser seguida; além disso o hipertexto traz uma maior interligação entre textos, o que valoriza a pesquisa numa perspectiva intratextual e intertextual.

O leitor por hipertexto tem a possibilidade de percorrer caminhos e sentidos diversos, construídos pelo internauta à medida que opta por determinados links (expressões em azul) e não por outros. Se o pesquisador quiser voltar à página em que estava é só clicar na seta que há na barra de ferramenta do navegador. Se por ventura o pesquisador ficar completamente perdido ao navegar por hipertexto é só começar novamente, fechando o navegador e voltando ao documento inicial.

A navegação por hipertexto causa impressões relevantes. Os hiperlinks levam o leitor a novos lugares sem perder o “fio da meada”. Pode-se além de ler, visitar páginas relacionadas com o tema pesquisado. A navegação por hipertexto fomenta um maior aprendizado, fruto da curiosidade que aguça a mente na busca de novos horizontes hipertextuais. Dito isso, o hipertexto é uma revolução e uma ruptura na forma de textos e nas ações do leitor. O leitor se sente livre para, a qualquer momento, vislumbrar novas ferramentas, novos paradigmas de links textuais. O leitor se torna autor ativo da sua pesquisa.



Mario Morais

Conceituando hipertexto


“Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal.”

                                                                     http://pt.wikipedia.org/wiki/hipertexto



Hipertexto e Educação

“Um tópico relevante é a utilização da ferramenta de hipertexto na Educação. O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção textual.”



                                                                     http://pt.wikipedia.org/wiki/hipertexto



O trecho citado acima chama a atenção haja vista poder facilitar o ensino aprendizagem no processo educacional. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, aluno e professor participam ativamente de um processo de busca e construção do conhecimento. Essa aprendizagem é considerada mais duradoura e transferível do que aquela direta e explícita do livro didático, do quadro negro, do monodiálogo. Os hipertextos podem trazer pesquisas interessantes à prática educatica, levando docentes e discentes à autonomia.